Índice de conteúdo
“Romantic Killer” estreou na Netflix em outubro de 2022. Trata-se de uma série em mangá escrita e ilustrada por Wataru Momose. Foi serializada no site “Shōnen Jump+” da Shueisha de julho de 2019 a junho de 2020, com seus capítulos reunidos em quatro volumes tankōbon.
Uma adaptação original de animação feita pelo Studio DOMERICA foi lançada em parceria com a Netflix. Devo dizer que ignorei esse lançamento e só fui conferir de fato este ano de 2023. Foi uma grata surpresa perceber o quão boa é a série.
Romantic Killer: sem tempo pra o amor
O anime começa com um Mago, ou pode-se chamá-lo de um Cupido do romance, chamado Riri, que se apresenta à nossa heroína, ou como ela gosta de se autodenominar, uma anti-heroína chamada Anzu Hoshino. Anzu não tem interesse em ter um romance em sua vida, a não ser dentro dos jogos que ela tanto ama.
O mundo de onde Riri vem é baseado em proporcionar sonhos e esperanças para as pessoas, coletando seus corações puros como energia em troca. Devido ao declínio da taxa de natalidade, causado pela diminuição das oportunidades de romance entre homens e mulheres, Riri é enviada para ajudar Anzu a experimentar o romance da vida real com um grupo de “ikemen”, que pode ser traduzido como príncipe encantado de jogos, para ela escolher.
Apesar da rejeição de Anzu devido ao seu desinteresse em buscar um romance na vida real, Riri confiscou seus “três maiores desejos”: videogames, chocolate e seu gato, Momohiki, e conspirou uma série de eventos para fazer Anzu vivenciar situações semelhantes a jogos, deixando-a sem escolha.
Anzu decide jogar junto com o “jogo” de Riri, mas espera fazer Riri desistir e libertar seus “reféns”, evitando todas as situações de romance possíveis com todas as suas forças, para que ela possa voltar à sua vida normal.
Comédia leve e de qualidade
No primeiro episódio de Romantic Killer, Anzu se apresenta como uma personagem chata e irritante, mas depois você compreende. Afinal, qualquer um ficaria assim se fosse obrigado a fazer algo que não gosta e, ainda por cima, tirassem suas coisas favoritas. Se você conhece o gênero shoujo ou até mesmo jogos desse tipo, vai reconhecer todas as situações clichês e óbvias. No entanto, a comédia está na forma como a protagonista tenta evitá-las, muitas vezes sem conseguir escapar de situações clichês.
Ao longo do caminho, Anzu estabelece conexões genuínas com os candidatos românticos e precisa lidar com seus próprios sentimentos e o desejo de proteger-se dos esquemas de Riri. Este, é claro, aumenta a dificuldade, criando enredos mais mirabolantes para fazer Anzu se apaixonar.
Mais do que rostos bonitos
O núcleo de personagens em torno de Anzu é muito bem desenvolvido. Mesmo que alguns se encaixem em arquétipos clichês, suas histórias são bem elaboradas, e você acaba se importando com seus sentimentos e perspectivas em diversas situações. Cada personagem traz um peso e uma comédia distintos para a trama.
Apesar de Anzu poder parecer um tanto sem graça à primeira vista, sua verdadeira beleza reside na forma como ela trata sinceramente as pessoas ao seu redor. Conforme você conhece mais sobre a protagonista e seus princípios morais, torna-se fácil entender por que muitos dos pretendentes se apaixonam por ela ao longo dos episódios. Embora eu adorasse falar sobre cada um dos garotos, deixo isso para você descobrir ao assistir este anime.
Vale a pena investir tempo!
De uma personagem inicialmente irritante para uma personagem bem desenvolvida, a protagonista, ou melhor dizendo, nossa anti-heroína Anzu, garante risos em muitos momentos, e em certos pontos, você pode sentir uma tensão palpável. Não vou entrar em detalhes, pois vale a pena vivenciar as surpresas e reviravoltas que o anime reserva, especialmente no final.
“Romantic Killer” capturou minha atenção a ponto de despertar meu interesse em ler o mangá. Fico na expectativa de uma possível segunda temporada. Bom, apenas o tempo dirá! (Por favor, sim!).