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Dubladores se unem em campanha pedindo regulamentação de IA

A dublagem é algo que encanta a indústria de TV e cinema em todo o mundo, especialmente no Brasil. No entanto, a inteligência artificial pode representar um grande desafio para esse setor. Os dubladores brasileiros estão se mobilizando em uma campanha que busca regulamentação para o uso dessa tecnologia.

Vários dubladores estão unindo forças na campanha intitulada #euqueroadublagemviva, publicando vídeos em suas redes sociais para ampliar a conscientização sobre a necessidade de regulamentação. De acordo com o site Dublagem Viva, a inteligência artificial pode causar uma ruptura social ao substituir o trabalho artístico e humano por um ‘banco de dados’ inanimado.

“Defender nossa identidade é fundamental para nossos valores, nossa cultura e nossa voz brasileira. Defender nossa identidade é fundamental para que o nosso futuro esteja única e exclusivamente em nossas mãos. Defender a nossa identidade é defender os nossos maiores e mais ricos patrimônios, nossa língua, linguagem, nosso povo e nossa nação. Defender nossa identidade é defender nossa soberania nacional.”, diz o site.

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Confira algumas falas dos dubladores:

https://twitter.com/i/status/1748517734516678776
https://twitter.com/i/status/1748504096384897032

O Movimento Dublagem Viva está aliado a grandes movimentos internacionais que também estão lutando mundo a fora como o AVTA – Sindicato de Actores de Voz y Voice Talents de Madrid, OVU – Organización de Voces Unidas, UVA – United Voice Artists e NAVA – National Association of Voice Actors. O uso indiscriminado dessa tecnologia pode causar danos sociais e econômicos como diz a nota:

Por tais motivos a inteligência artificial precisa ser compreendida dentro do contexto social e legal brasileiro e regulamentada. Seu uso indiscriminado pode causar danos sociais e econômicos sensíveis para a nação em um curtíssimo prazo além de danos culturais e, subsequentemente, morais e éticos irreversíveis. Porque neste ponto, a questão deixa de ser o que nos faz brasileiros, mas passa a ser o que nos faz humanos.

Por isso propomos que nenhum ser humano artista, criador, produtor cultural, ou realizador cultural brasileiro de qualquer tipo seja substituído por uma inteligência artificial ou equivalente, porém que nenhum deles seja proibido de fazer uso de uma inteligência artificial para aprimorar seu trabalho. 
Nenhum produto produzido, localizado ou adaptado para o povo brasileiro poderá ser realizado substituindo um artista brasileiro por uma inteligência artificial.

Para o dublador Guilherme Briggs, que tem um currículo vasto em personagens icônicos, se a inteligência artificial conseguir recriar o trabalho dos dubladores vai ser muito triste por causa do mercado de trabalho que pode se fechar para uma classe de artistas como desenhistas, animadores e outros. Confira uma fala onde Briggs responde à uma pergunta feita pela jornalista Paula Christina durante o evento Amazon Tecno Game realizado em Manaus:

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