Devil May Cry

O que esperar de Devil May Cry 6 e do novo anime da franquia?

Os fãs da saga dantesca têm motivos para comemorar. Com o sucesso alcançado por Devil May Cry 5 e o próximo anime da franquia (anunciado pela Netflix em parceria com a Capcom e Studio MIR), é possível sorrir diante da possibilidade de um sexto título na jornada do famoso caçador de demônios.

O diretor de DMC 5, Hideaki Itsuno, já afirmou publicamente que, entre trabalhar em um sexto título da série de jogos ou em um remake, ele preferiria a primeira opção. E a motivação financeira não seria um problema, uma vez que o quinto título da saga atingiu a marca de 6 milhões de cópias vendidas em 2022, tornando-se um dos maiores sucessos comerciais da franquia.

Além do sucesso financeiro, a presença da saga na cena continua em movimento. Além de assistir ao novo anime, os fãs também poderão jogar Devil May Cry: Peak of Combat em dispositivos iOS e Android. O game, licenciado pela Capcom e criado pela NebulaJoy, está previsto para 10 de janeiro de 2024.

Todos esses investimentos indicam que a franquia está saudável, o que nos leva a uma conjectura: como será Devil May Cry 6? Preparem suas Ebony & Ivory e “let’s rock!”

Devil May Cry 6: 3 protagonistas

Devil May Cry
Devil May Cry 5 acrescentou a jogabilidade do personagem V. Imagem: reprodução

Grand Theft Auto V talvez tenha ajudado a popularizar o recurso de vários protagonistas em um único jogo. A mídia dos games, com toda a sua riqueza de possibilidades interativas, é perfeita para isso. Levando em consideração o sucesso de Dante e Vergil (e a clara tentativa da Capcom de popularizar Nero como um personagem favorito entre os fãs), podemos esperar que DMC 6 repita a estrutura de gameplay do quinto Hack and Slash lançado em 2019, trazendo três personagens jogáveis (provavelmente Dante, Nero e Vergil) no decorrer das missões do game.

Devido ao visível envelhecimento que Dante apresentou no quinto jogo, é provável que em algum lançamento futuro vejamos a passagem da tocha dele para Nero, que assumiria o lugar de protagonista. Visto que o caçador mais jovem foi caracterizado em DMC 5 como uma versão alternativa do Dante de Devil May Cry 3 (um jovem corajoso e cheio de gracejos e deboches), é possível que o fandom se adapte bem a ele como personagem principal.

A polêmica que envolve mortes de protagonistas ajuda a aumentar as vendas (Marvel e DC que o digam) e, em um universo como o de Devil May Cry, não me surpreenderia se os roteiristas conseguissem pensar em um jeito de fazer Dante retornar ao palco principal mesmo depois de ele sair de cena.

Nova mecânica

Gameplay do reboot Devil May Cry de 2013. Reprodução: YouTube

A franquia tem um histórico de acrescentar mecânicas à fórmula que o primeiro título consagrou. Em DMC 4, por exemplo, obtivemos o Devil Bringer de Nero. O reboot DmC: Devil May Cry trouxe elementos de plataforma ao gameplay. DMC 5 acrescentou a jogabilidade do personagem V, um estilo totalmente inédito na saga. É visível que a Capcom sempre se preocupou em não tornar as obras repetitivas.

Uma adição que deixaria os fãs animados seria um modo multiplayer opcional e a possibilidade de jogar as missões com vários personagens em um único gameplay. Há demanda para isso. O usuário do NexusMods Rasierer criou uma modificação que adiciona um modo cooperativo para algumas missões de DMC 5. A alteração também permite jogar o modo Bloody Palace com até outros três jogadores.

Existe a possibilidade insana de combos conjuntos que a Capcom poderia proporcionar em um gameplay com dois personagens. Além do mais, formar combinações de golpes em um Hack and Slash com um amigo seria uma experiência engrandecedora para o gênero. Multiplayer é um dos caminhos mais certos para marcar um possível sexto título da franquia como um divisor de águas.

E sobre o novo anime?

O que esperar de Devil May Cry 6 e do novo anime da franquia? - Acesse: Refúgio Nerd
Anime de Devil May Cry de 2007. Imagem: reprodução

Os fãs da saga já viram o nascimento de uma adaptação em anime das aventuras violentas de Dante. Adaptado pelo estúdio Madhouse (responsável por obras como Death Note e Monster), o projeto de 12 episódios não conseguiu produzir mais do que um punhado de histórias soltas esquecíveis. Lançada em 2007, a série trouxe uma história individual para cada episódio, mas não conseguiu criar nenhuma que desenvolvesse os personagens significativamente ou acrescentasse uma exploração interessante de algum tema.

A obra se tornou um mero passatempo para fãs devotos de Dante e seus excêntricos companheiros. No trailer do novo anime divulgado pela Netflix, a animação apresentou um Dante com design semelhante à versão do personagem executada em Devil May Cry 3, o que leva a crer que o desenho será uma adaptação do terceiro jogo ou um projeto que pelo menos crie histórias fortemente baseadas nele. Esse, sem dúvidas, é o melhor caminho.

O universo da franquia é interessante o suficiente para abastecer enredos originais. A prova disso é que foram lançados romances para Devil May Cry 1 e 2 (com títulos homônimos), 4 (Deadly Fortune) e 5 (Before the Nightmare). Mas a opção de apenas recontar a história de jogos já lançados é a menos arriscada. O terceiro título da saga, diferente do que parte do fandom considera, possui uma ótima história. Focada em entretenimento, ela apresenta um ritmo narrativo bem calculado e um equilíbrio notável entre comédia, drama e ação.

Esses são ótimos ingredientes para uma adaptação bem-sucedida na Netflix. O terceiro game explora uma típica tensão de rivalidade entre irmãos. Além dele, o toque feminino de Lady nos apresenta seu sombrio subplot. Para dar certo, basta que o novo desenho seja bem animado e traga boa dublagem em conjunto com uma ótima trilha sonora. Ao encantar novos fãs, também trará novos apaixonados a uma das sagas de Hack and Slash mais marcantes do mundo dos games.

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